quinta-feira, 19 de abril de 2018

Capítulos novos de A encantadora cortesã

Foram publicados 3 novos capítulos da tradução de A encantadora cortesã: Mei gongqing
Cá estão eles:

Caso tenha caído aqui de para-quedas e ainda nem sabe nada sobre esse livro, vá na aba A encantadora Cortesã: Mei Gongqing e veja informações e todos os capítulos já traduzidos!

quarta-feira, 18 de abril de 2018

"próxima página" atualizado

Não sei como chamar isso...
Mas os links que estão no começo e no fim de cada capítulo para ir para o capítulo seguinte ou voltar foram colocados em todos os capítulos.
Como foi ctrl + c e ctrl + v demais para uma mente só, não testei os links. Então, se encontrarem um erro, me avisem!

E lembrando que mesmo que esse link estiver errado, há um índice na página de A encantadora Cortesã: Mei Gongqing que contém todos os links para todos os capítulos!

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Uma espécie de novo blog...

Estava há algum tempo desconfiada das estatísticas do Wordpress, blog no qual minhas traduções estavam hospedadas, no qual só mostrava que menos de meia dúzia de pessoas liam essa tradução, com alguns capítulos até mesmo sem nenhuma leitura (o que faz dos meus leitores uns sádicos por gostarem de ler histórias cheias de buracos, ou que a estatística esteja mesmo ruim...). E como conversei com algumas pessoas que leram certos capítulos, e essas visualizações não apareceram nas minhas estatísticas... então...
Por isso decidi mudar o lugar de publicação dessa tradução, para o blogspot.
A contagem de visualizações é importante para mim. Como expliquei no último capítulo que publiquei no blog do wordpress, não ganho nada com essa tradução, é totalmente voluntária, mas... eu não quero fazer o papel de trouxa e gastar meu tempo em uma tradução que é sim difícil algumas vezes, para que ninguém leia!
O blog do Wordpress vai continuar a existir, mas para o meu "eu" escritora (ainda não leram meus livros? Pelo que eu saiba, tem propaganda deles por todo lado por lá. VAI COMPRAR A-G-O-R-A!), e com as minhas resenhas. Mas as traduções continuaram nesse blog.

Meu "blog de escritora": valentinalinz.wordpress.com



E sim, eu sei que nos capítulos faltam aquela parte de "próximo capítulo", "capítulo anterior", mas copiei e colei agora até ficar  tonta. Isso fica para outro dia!

VIAGEM NO TEMPO, TRANSMIGRAÇÃO OU REINCARNAÇÃO? – SAIBA MAIS SOBRE ESSES GÊNEROS

imagem retirada blogs.wsj.com
Esse é um post pé lançamento da tradução do livro A encantadora Cortesã, no qual vou falar um pouco mas do gênero desse livro. Também será um adiantamento de explicação de um outro livro que estou esperando a autorização para que eu traduza (me mandem energia positiva!).
E o gênero é viagem ao tempo.
Eu sempre gostei, desde que tive contato com a primeira obra desse tipo, de ler e assistir algo que envolva viagem no tempo. Tem algo sobre ir de um momento histórico para o outro que me fascina, ainda mais quando o protagonista seja alguém do nosso presente. Creio que tenha haver com uma identificação nossa com o personagem, o que faz com que uma obra de época assim seja mais atrativa do que uma simples obra de época.
Eu nunca vivenciei o passado e o futuro, o que posso fazer são conjecturas de como eram essas pessoas, mas sempre como longe de mim, porém ainda assim humanas. Basta ver a diferença do modo de pensar da minha geração (que está na casa dos 20 anos) com a dos nosso avós, pais, e filhos. Imagine isso há mais gerações ainda!
É o clássico pensamento de que “se eu tivesse nascido no Brasil Colônia/Império, eu seria um abolicionista, escravidão é algo horrível e somos todos humanos.” Dependendo de quem você nascesse, e da época em que nascesse, teria vivências bem diferentes das que tem hoje, assim teria ideias diferentes da que possui hoje. O ser um escravo e um ter um escravo, ou ainda a definição de brancos e negros, teriam significados diferentes do hoje em dia. Você, se nascido naquela época, provavelmente não teria a mentalidade de um humano do século XXI.
Ou vamos falar de algo mais leve (porque não tem nada mais pesado na nossa história do que a escravidão, política da qual até hoje sofremos as consequências). Vamos falar sobre namoro e casamento. O que muitos romances de época apresentam como corte (isto é, a arte da paquera recatada), não é nada mais nada menos do que atos extremamente escandalosos para a época.
E eu, como a chata do historicamente correto, tenho birra de muitas obras históricas por causa disso. Querer colocar o século XXI nos lugares que não são XXI. E nisso vem o gênero viagem no tempo. Se eu, como habitante do século XXI tenho valores e crenças baseadas no meu momento histórico, o que me agradaria numa obra de época é ver alguém com quem eu consiga me identificar encontrar-se em situações na qual para mim são apenas histórias que já aconteceram.
Viagem no tempo (mais conhecido pelo nome em inglês por aqui, time travel) é um gênero simples de ser entendido. Trata-se de uma ficção científica, o que é um nome que acho ruim. Para o que tem que colocar ciência no meio disso? Voltando ao assunto, viagem no tempo quando um personagem, intencionalmente ou não, por qualquer meio, encontrará-se na história deslocado do seu presente para outro momento. Por meio de máquinas, magias, raios, morte, mas mudou o lugar. Nisso pode ser a distância temporal que varia de segundos a milênios.
Nessa questão temporal, já podemos extrair dois subgêneros, vamos assim dizer. O protagonista pode se deparar com a sua própria existência quando o espaço de tempo percorrido é curta. Assim, teremos histórias nas quais o tal patagonista viverá em um momento que é semelhante ao seu presente, assim reconhecível. Ao mesmo tempo, os personagens e situações também são reconhecíveis, sendo só encaradas pelo ponto de vista de alguém que viveu uma certa vida. Seria uma história na qual se pode mudar o próprio passado, ou então o próprio futuro? Conhecer algumas facetas sobre a própria vida da qual é desconhecida?
Agora, o que mais tem no mercado são viagens ao tempo realizadas há uma longa distância. Já não estamos falando em conhecer seus pais ou filhos, e sim nem ter contato com eles, e se tiver, serão os tatatatataravôs e os tatatatataranetos. O ser colocado de algum momento para outro distante. E diria que são nesses momentos que há a verdadeira magia do gênero. O “como uma pessoa – como eu – agiria nessa época?”. Aquilo que já tinha mencionado.
Como esse é um post de divulgação de um livro, agora sim vem o que quero falar.
Caso você tenha interesse nesse tipo de livros, assim como eu, você deve ter buscado tudo no mercado que é conhecido sobre viagem ao tempo. O que não é um material tão vasto assim, e que já deve ter lido tudo e agora espera que um autor poventura escreva mais um livro a respeito. Para a sua alegria caso saiba inglês (e agora pelo menos um livro caso fale português, A encantadora Cortesã), saiba que tem um mercado com uma grande produção literária, que mais ou menos metade dos livros que tem uma ambientação de época é sobre viagem ao tempo.
É sério, pelo menos metade dos livros de época produzidos na China são de viagem no tempo. Mas recebem nomes diferentes.
A ideia de uma pessoa ser transportada do presente para o passado no próprio corpo não é comum, mas existe. Contudo, o que domina o mercado são os gêneros de transmigração e reincarnação. E esqueça o espiritismo, não tem nada haver com essa religião.
Digamos que uma forma de enredo acabou sendo compartilhado com vários autores e criaram seus lugares comuns. Assim nasceram esses gêneros.
Vamos começar com o gênero de reincarnação, já que é o de A encantadora Cortesã. Trata-se da ideia popular de voltar ao passado e concertar os seus erros, mas feito com pessoas que merecem ter essa segunda chance. Geralmente, protagonistas que tiveram vidas horríveis (confiaram nas pessoas erradas, desconfiaram das pessoas que deveriam confiar, fez escolhas erradas, não sabia de certos segredos), morrem sempre de uma forma condizente com o modo como viveram: horrível! Porém, logo após a morte, encontram-se ainda vivas, e dentro do próprio corpo, mas em algum momento do passado.
Em geral, vingança é a palavra chave para um enredo de reincarnação. Nesses tipos de livros, como o protagonista sofreu muito e as pessoas que ele gostava também compartilhavam do seu sofrimento, o objetivo é quase sempre se vingar da sua vida passada. Fazer com que aqueles que o usaram ou causaram algum tipo de sofrimento por pura maldade dessa vez sejam as vitimas disso. Mas também, em alguns casos, há o desejo de só ter uma vida feliz.
Alguns exemplos de livros com o tema reincarnação (aqueles que não fiz uma resenha ainda, farei um sinopse):
Agora, o outro gênero que é o realmente popular, o que vou ter que selecionar a dedo os livros para não colocar muitos. Falo da transmigração.
Esse também começa com uma morte de um protagonista. Mas em geral não é alguém que teve uma vida horrível, costuma ser um fodão (ou pelo menos uma pessoa mediana)… Morreu em seu auge, mas também acordou depois… mas no corpo de outra pessoa, em outra época, ou até mesmo em outro mundo. E o corpo dessa pessoa sim que teve a vida infeliz e que morreu injustiçada. E a história é de como esse novo hospedeiro se vinga de todos que fizeram mau ao seu corpo e triunfa no mundo. Pelo menos a maioria é assim.
De longe mesmo é o mais popular, estando ligado e todos ou outros gêneros e tipos, para todos os públicos.
Alguns exemplos:
E nesse post não dá para deixar de mencionar Transmigrada encontra reincarnado, por Xue Shan Lan (Transmigrator Meets Reincarnator ), já que é um livro que é a fusão dos dois.
Só para terminar, a popularidade desses gêneros causou um problema na China. Talvez você saiba que há alguns anos houve uma censura na televisão que proibiu a partir daquele momento a transmissão de qualquer drama que envolva viagem no tempo. Talvez você tenha achado engraçado, ter comentado sobre a idiotice da censura… mas não é. As pessoas depois da exibição do drama Bu Bu Jing Xing (o famoso Scarlet Hearts) (e que foi baseado em um livro de Tong Hua, uma das melhores escritoras da atualidade, que aliás é o único livro dela que não tem tradução em inglês por um motivo realmente misterioso) começaram a se suicidar em massa. Já deve ter percebido que em quase todos os livros que eu mencionei, o protagonista morre para então reviver. E existem pessoas que acreditam nisso. É sério, tem pessoas que acreditam em transmigração e reincarnação igualzinho o que é mostrado nos livros (e em uma série popular). É uma medida para prevenir suicídios, mesmo que oficialmente o governo tenha dado outra razão (algo sobre preservar a história ou algo assim…). Mas é uma ideia tentadora para quem tem depressão…
E essa censura ainda não chegou na internet. Caso você saiba de alguns dramas de viagem ao tempo chinês depois de 2012, eles foram feitos para a internet. Por que de maneira nenhuma Go Princess Go seria aprovada por qualquer tipo de censura!
E um comentário fora do tema: é um saco lidar com a perda de direitos de sites transmitirem séries. Sites legalizados podem ser legalizados, mas você nunca tem certeza se sua série vai continuar nele… Aconteceu agora quando eu fui pesquisar por Go Princess Go, que era licenciado pelo Viki, mas não é mais… Nesses dias fui continuar a assistir uma série no Netflix, no qual eu estava assistindo ontem e… cadê o seriado? Por isso, vá procurar por Go Princess Go por outras fontes, liguem seus adblocks para dizer não a pirataria e vivam a vida!
Só para comprovar,  foi feito um estudo científico sobre isso, no qual constou que em um público de 400 universitários, 212 acreditam que séries de TV com esse tema tem embasamento científico e 104 acreditam que pode acontecer na vida real. Os números são muito altos para que tenha um ou outro que achassem a pesquisa uma piada e decidissem mentir. E não é só lá que as pessoas acreditam em coisas que são ficção. Já ouvi relato de diversos médicos sobre os seus pacientes (principalmente aqueles que tem câncer) perguntarem sobre esse ou aquele tratamento que viram na novela, filme ou livro. É por isso que aquele “esse livro não foi baseado em pessoas ou fato reais” é importante!

PÁGINA DE AUXÍLIO PARA O MELHOR ENTENDIMENTO DE LIVROS CHINESES (EM GERAL ROMANCES DE ÉPOCA)

Essa é uma página para dúvidas que surgirem em relação a expressões indiomática e a contextos. Caso tenha alguma dúvida, faça ela aqui. Responderei a medida do meu conhecimento de leitura, o que significa que posso também falar: não faço a menor ideia!
E agora algumas informações que podem ajudar a você entender melhor algumas coisas dessas obras. Eu não sei nada de mandarim, mas leio vários livros traduzidos para o inglês dessa língua, então entendo de algumas coisas que são práticas para um leitor.
Sobre os nomes: e como exemplo para tudo o que precisar, vou usar o nome Chan KongSang (陳港生) , que é o nome de verdade do Jackie Chan
O sobrenome vem primeiro no nome chinês, e geralmente é composto de um caractere, no caso dele, 陳, o Chan. Tem pouquíssimos sobrenomes com dois caracteres, e eles costumam ser o NanGong e o MuRong. Depois disso, temos o nome, que pode tanto ser comporto de um caractere, como dois caracteres. Nesse caso, é composto por dois caracteres, 港生, KongSang. Nas minhas traduções, para facilitar a vida de vocês, vou colocar sempre o sobrenome junto e também o nome junto. será Chan KongSang e não Chan Kong Sang.
Existem várias formas de colocar o diminuitivo no mandarim:
  • Essa geralmente é usada pela família e amigos mais próximos, e é como se fosse a forma mais infantil de chamar alguém. É duplicar um dos caracteres do nome. Por exemplo, O Jackie Chan poderia ser chamado pelo sua família de KongKong ou SangSang. Geralmente é o último, se não me engano… E como curiosidade, muitas meninas tem seus próprios nomes com o mesmo caractere duplicado.
  • Em geral, esse é um dos que mais vai aparecer em livros históricos, já que muitas meninas são chamadas dessa forma, por um motivo que ainda vou explicar. Seria uma maneira mais respeitosa de colocar o diminuitivo, que é colocar o Ah antes de um dos caracteres do nome. Então teremos o Ah Sang.
  • É o que mais se usa hoje em dia, mas antigamente, era o dado geralmente para servos ou animais. É o Xiao, que significa literalmente pequeno. Então seria Xiao Sang.
  • Esse é realmente das antigas, não se usa mais. Quando uma pessoa com mais idade fala com ou sobre uma pessoa de menor idade pela qual sente carinho, coloca um ‘er no final do caractere. Ele não tem mais idade para ser chamado assim, mas seria o Sang’er
Como eu acho muito estranho colocar um caractere chinês pequeno e um -inho ou -inha no final, isso é uma das poucas coisas que não adaptarei nas traduções.
sweet
O curioso caso da manga
Para os falantes da língua portuguesa, vocês devem saber que manga pode ter dois significados, coco e cocô tem escritas semelhantes e se diferenciam na tonicidade. Agora no mandarim tem isso, mas em um nível que você nem consegue imaginar.
Caso não saiba, no português usamos dois tons, que seria mais ou menos entender que há o á e o â. No mandarim eles tem QUATRO tons, eles falam coisas que um pobre falante do português nem consegue pronunciar. E mesmo uma palavra com o mesmo som, pode ter significados diferentes, representados por ideogramas diferentes. Por isso a manga deles é complicada. E não ache que está aprendendo mandarim só em aprender algumas palavras em um livro, já que provavelmente você nem vai saber falá-las direito!

Piedade filial é tudo!
Sabe aquela história de que os orientais tem respeito aos mais velhos por eles terem mais experiência. Não é exatamente isso. É uma questão de piedade filial. Resumindo, nós só existimos por causa dos nossos pais, por isso devemos a nossa própria vida a eles e durante a nossa existência, temos que agradecer ao fato de estarmos vivos sendo piedosos com eles. E também fazer isso com os antepassados. Tudo o que um pai fala está certo, sempre deve o obedecer, não deve maltratá-lo de maneira alguma, e deve fazer isso mesmo se for algo contra a sua vontade. E principalmente em público.
Ser chamado de “não filial” é uma ofensa grave.
Um exemplo do que é, em uma família de três gerações, se o avô pedir para que o pai faça algo com o seu filho que esse pai ache que não é correto, se esse pai for filial, ele fará o que o avô pediu mesmo que seja contra. Caso decida ficar do lado do filho e protegê-lo, esse pai está errado por não estar sendo filial, e o filho também está errado, já que fez com que o pai não fosse filial.
E a obediência familiar é hierárquica. Se alguém está em um grau de parentesco mais alto do que o seu, você ainda deve piedade filial a essa pessoa. Caso, por exemplo, um membro mais alto da sua família se case com alguém que é mais novo do que você, você deve ser filial com essa pessoa mais nova, já que na hierarquia, ela está acima de você.
Sobre casamentos
O antigo casamento chinês era decidido em um acordo entre os pais e um casamenteiro, e os filhos não poderiam opinar (não seria filial). Ainda hoje, há muitos casamentos arranjados dessa maneira e um casamento contra a vontade dos pais não é bem visto pela sociedade.
Na antiguidade, a cor do vestido da noiva e a roupa do noivo era vermelho, e essa era a cor reservada para uma esposa oficial (e não, isso foi bem antes da ideia de que um dia o partido comunista existiria). A cerimônia de casamento tinha vários ritos, mas basicamente é nessa ordem:
  1. o noivo envia presentes para a casa da noiva logo depois de noivarem.
  2. a noiva se veste de  vermelho e coloca um véu cobrindo a sua cara, e não era um de tule, era um que não permitia que vessem a sua cara.
  3. no dia do casamento, o noivo vai buscar a noiva na casa dela e a coloca dentro de uma carruagem, enquanto ele dirige OU dependendo da época e da riqueza da família, a noiva é enviada dentro de um palanquim carregada por X servos e espera pelo noivo na casa dele.
  4. Atrás da noiva, vai uma procissão de servos carregando objetos, dinheiro e certificados de propriedades que seriam o seu dote. O dote é algo que é da noiva, e não passa para a família do noivo.
  5. Depois de entrar pela porta da casa do noivo, eles já podem se considerar casados.
  6. O noivo e a noiva devem curvar publicamente em nome deles mesmos, depois pelos pais, depois pelo céu, depois pelo imperador.
  7. Colocam a noiva em um quarto enquanto o noivo recebe os cumprimentos.
  8. O noivo vai para o quarto, tira finalmente o véu da noiva, tomam uma bebiba alcoólica e finalmente o sexo.
  9. No dia seguinte, a esposa deveria cumprimentar todos os membros da família do seu marido.
  10. 3 dias depois de casados, a esposa voltava para a casa de sua antiga família para mostrar que está sendo bem tratada.
E quando casada, a mulher deixa de fazer parte da sua família materna para fazer parte da família de seu marido. Tem um ditado “uma filha casada é como água jogada”. O seu sogro e a sua sogra passam a ser seu pai e a sua mãe, e ela deve ser filial agora a eles, e não mais aos seus pais. E uma observação: é por isso que depois da política do filho único, tantas meninas foram abortadas. Como só poderiam ter um filho, se tivessem uma filha, eles teriam que dar ela para uma outra família e ficariam sozinhos.
Um homem podia ter só uma esposa oficial por vez, e essa seria para sempre considerada a principal. Caso ela morra e ele se case de novo, essa nova esposa será considerada como de status inferior a primeira esposa, assim como seus filhos serão considerados como de status inferior a da primeira esposa, mesmo que ainda sejam filhos de uma esposa.
É a esposa do atual patriarca a responsável pela administração da casa. Se ela não está fazendo isso, ou é porque ela já fez alguma coisa errada, ou está muito velha ou doente. Quem é a responsável pela administração da casa é realmente quem tem o poder na casa.
Conduto... como é uma sociedade hierárquica, o mais velho será sempre aquele que estará acima de tudo. Caso haja uma pessoa da antiga geração (mesmo que esteja aposentado e não exerça mais nenhum papel doméstico ou então seja só uma concubina), o mais novo ainda deve obediência ao mais velho. Mesmo que uma esposa entre na casa e a administre, ela ainda terá de ouvir os sogros, respeitar sua sogra e não maltratar as concubinas da antiga geração. Hoje muitas famílias continuam assim, tirando a parte da concubina...
Apesar disso, um homem poderia ter quantas concubinas quisesse. Uma concubina também poderia se chamar de esposa e poderia afirmar que se casaram, e o homem de seu marido. Só que a cerimônia de casamento não é tão elaborada quando o de uma esposa oficial. E ainda mais na nobreza e na realeza, existe uma hierarquia entre as concubinas, com títulos de importância diferentes e com isso, tratamentos diferentes. E o marido oficialmente sempre dará preferência a sua esposa principal, sendo que favorecer uma concubina em detrimento da esposa é um crime, literalmente falando. Ademais, o marido poderia oferecer sua concubina para ser concubina de outro homem, ou oferecer ela para se casar com alguém.
É esperado que uma esposa aceite e cuide de uma concubina, o que na prática sabemos que vai dar problema, mas… Caso ela recuse que o marido tenha uma concubina, ela será taxada de má esposa, podendo até mesmo ser um motivo para divórcio/ser rebaixada como concubina. Contudo, se um homem negligenciar a sua esposa a favor de uma concubina, isso é considerado como uma falha moral por parte do marido, e a família da esposa pode pedir pelo retorno dela.
Concubina não significa amante, e sim um tipo mais baixo de esposa. Caso uma mulher não possua status o suficiente para ser uma concubina, ela pode se tornar uma amante. Uma amante não vive na mesma casa do homem e nem tem direitos legais.
Filhos na antiguidade
Existiam três tipos de possibilidades de nascença:
  • Ser o(a) filho(a) de uma esposa oficial, chamado de filho di. Seria como o filho verdadeiro do homem é aquele com maior prestígio dentre os irmãos. É esperado que ele tenha um cargo mais alto e ela arranje um melhor casamento do que os irmãos de outras mães.
  • Ser o(a) filho(a) de uma concubina, chamado de filho shu. Apesar de ter nascido de uma concubina, essa criança não pode a chamar de mãe, e essa é a esposa principal. A esposa principal é a responsável pela educação e casamento de um filho shu. É considerado como inferior a um filho di, e a sociedade em geral sempre vai ver algum defeito devido a origem inferior.
  • Ser o(a) filho(a) de uma mãe solteira. Aí esse sim está ferrado na vida! Mesmo se for um filho de uma amante e saiba quem é o seu pai, ele não pode ser reconhecido. E se o pai levar essa criança para casa, tenha certeza que ele será criticado.
So Lovely
Sociedade da hierarquia e obediência
Hierarquia é tudo quando se fala da China Antiga. Existia literalmente uma lista de rankings, e a forma de viver, se relacionar, o que comer, onde morar, tudo dependia de onde você estava. Haviam classes sociais que eram dificilmente modificadas, mas havia sim maneiras de mudar de classe:
  • Se for uma mulher, ela pode se tornar concubina de um homem de outra classe, e a família dele será a família dela.
  • Se uma mulher se casar como esposa ou concubina de um membro da realeza, ela fará parte da família real.
  • Caso entre para o exército e conseguir grandes feitos, conseguirá cargos elevados.
  • Caso estude e passe no exame imperial, se tornará um funcionário público, o que já é uma elevação se for um rapaz de origem humilde. E se conseguir trabalhar bem e ter um jeitinho corrupto, vai conseguir elevar de ranking. Se tiver grande feitos, o homem poderá receber um título real, e sua família imediata se tornará da nobreza.
  • Caso faça algo estúpido, alguém e sua família podem ser rebaixados.
  • Ao contrário do Ocidente, caso uma mulher faça um grande feito (e isso pode ser nas arte), ou ainda tenha um má nascimento e se casará com alguém de um alto nível, ela pode receber um título. Em geral, ele é traduzido como "princesa" ou "princesa do campo".
Por exemplo, os mercadores eram considerados como uma das classes mais baixas nessa época, e diversas pessoas dessa classe eram literalmente os mais ricos do reino ou império. Mas mesmo assim, eles não poderiam viver em certos lugares, comerem certas coisas, vestirem certas roupas ou adornos. Basicamente, teriam muito dinheiro, mas não poderiam gastar com o que quisessem.
Mas a pessoa sempre deve estar ciente a que classe pertence e agir desse modo, mas não para aí. Temos também as subclasses, as subsubclasses. Em tudo há uma hierarquia. Já mencionei que há uma hierarquia no casamento, no qual a esposa está no topo e as concubinas vinham em seguida, cada uma com sua colocação. Os filhos mais velhos eram os mais estimados.
No palácio era a mesma coisa. O rei ou imperador estava acima de todos, literalmente. Depois dele, vinham seus parentes mais velhos e irmãos como família. Mas acima de todos esses, estaria a sua mãe (que pode ser a antiga imperatriz, ou a concubina que foi sua mãe), a imperatriz viúva, que também seria a pessoa de maior status no harém. Então sim viria a rainha ou imperatriz, seguida das concubinas, cada uma delas ocupando um ranking. Em alguns momentos da história, houveram concubinas que tiveram o status quase igual a de uma imperatriz, a Huang Gui Fei, que seria traduzido como Nobre Consorte Imperial. Como as palavras do imperador eram consideradas como indiscutíveis, era difícil uma concubina chegar a se tornar uma imperatriz, ainda mais se ela se casou enquanto o seu marido ainda não era monarca, já que era considerado como uma desobediência ao seu pai, já que ele decretou ou aceitou o casamento.
Etiqueta de nomeação
Era considerado como uma grande falta de respeito com alguém ser chamado pelo próprio nome em público. É como se essa pessoa não valesse nada. Por isso o Ah para as garotas era tão popular para as meninas, já que era uma maneira de chamá-las sem ser descortês. Ou ainda era uma prova de intimidade com a pessoa.
Em uma família, era comum chamar o filho não pelo nome, mas por sua ordem de nascimento na família patriarcal, o que também vale para primos, tios… E a ordem de nascimento não se restringe só aos filhos de um pai, mas sim de toda a sua geração, deste modo incluindo irmãos e primos.
Quando casada, uma mulher pode ser chamada tanto de esposa (furen) junto com o sobrenome da sua família de origem, quanto a da família do marido. Geralmente é a da família de origem. O termo que é usado é o de esposa mesmo, mas em traduções, é substituído por termos que ficariam menos esquisitos na língua, como eu uso o senhora. Por isso, a filha da família X que se casou com a família Y poderia ser chamada tanto de senhora X (X furen), quanto alguém vai querer a chamar de senhora Y (Y furen). Caso seja uma concubina, se não me engano usa-se um dos caracteres do seu nome, mas ainda continua a ser chamada de esposa. Vamos imaginar a concubina Bai Xiangxiu de Condenada a ser um personagem secundário, ela é a senhora Xiu (Xiu furen).
Para aqueles que tem um trabalho ou cargo, o esquema é parecido com o da esposa, só que em vez de esposa, é colocado o cargo em que ocupa. X e então o cargo que ocupa.
Caso seja alguém que tenha algum título real concedido, seja um duque, uma princesa, uma concubina real, a pessoa é referida pelo título. E falando em pessoas importantes, aqueles com cargos realmente altos (ou seja, o imperador e a imperatriz), nem os caracteres dos nomes deles podem ser escritos durante o reinado, já que é considerado um crime.
Um ‘velho’, ‘ancião’, ‘tio’, ‘senhor’, ‘senhorita’, ou coisas parecidas também valiam. Só não chame alguém pelo nome!
Agora se você é um Zé Ninguém, as pessoas vão te chamar pelo nome. Ou então se alguém é íntimo de você, e só na intimidade. Alguns casais não se chamam pelo nome!
红妆美人来自曲奇恋威化的图片分享-堆糖;
Casa de antigamente
A casa da maioria das pessoas, ou seja, povão, é um cercadinho com uma construção no meio. Geralmente a cozinha ficava em um lugar separado e com parte dela ao ar livre.
Já a casa dos ricos e famosos, é diferente. São os Fu, que eu traduzi simplesmente como propriedade. E essas propriedades tem nomes, de acordo com o cargo de quem ocupa. Se for um príncipe X, é o Príncipe X Fu, se for de um ministro do X, é o Ministro do X Fu. Mas também pode ter nomes se o dono for da realeza, caso seja um duque ou marquês, você poderia dar um nome para o Fu, ou dariam para você. Seria o X Y Fu.
E essas propriedades eram como verdadeiros residenciais de hoje em em dia, cheias de casinhas, os pavilhões. Cada pavilhão tinha um nome. Eram várias construções com um cercado, cada uma com uma finalidade. Ao fundo, com difícil acesso para visitantes, ficavam os pavilhões destinados as mulheres da família. Nesses Fus também tinham jardins, lagos, miniflorestas se fosse bem rico.
Etiqueta e bons modos
Vou falar mais sobre mulheres, já que os livros que traduzo e leito são voltados para um universo feminino.
Quando a sociedade estava pautada no confucionismo, a vida de uma mulher não era fácil, e nem valorizada. Era considerada como inferiora a um homem. O confusionismo não é exatamente a filosofia mais feminista já criada. Um dos textos básicos para as mulheres era sobre as 3 obediências e as 4 virtudes:
As três obediências são para
  1. o seu pai quando é filha: sinal de piedade filial
  2. o seu marido quando é uma esposa: não desafiar o seu marido e ser fiel a ele, mesmo depois de sua morte (não se casar de novo)
  3. o seu filho quando é uma viúva: quando o marido morrer, o filho se torna o novo senhor da família (só que essa obediência tem uma brecha, já que mesmo sendo mulher, o filho deve devoção filial a ela)
  4.  não oficialmente, aos sogros quando é casada: já que são os novos pais
As quatro virtudes femininas são:
  1. a virtude de uma esposa: que era não ter virtudes (é isso mesmo!), e se comportar sempre de maneira apropriada
  2. a fala de uma esposa: não deve brigar e ser sempre falar pouco e baixo
  3. a postura e aparência de uma esposa: não significa ser bonita, mas sim limpa e apresentável
  4. o trabalho de uma esposa: estar sempre focada nas atividades domésticas, não precisando necessariamente fazer bem.
A vida de uma mulher, nobre ou não, não era fácil. Uma solteira ser vista por homens era visto como escandaloso, por isso nem ficavam no mesmo cômodo. Uma mulher bem-nascida quando era bem cuidado (ou talvez extremamente maltratada) pela sua família poderia nem sequer sair da sua própria casa até o dia do seu casamento. O contato com um homem era considerado uma desonra. Na história, existem relatos de mulheres que chegaram a amputar a própria mão por ter esbarrado sem querer em um homem, e esse comportamento foi considerado como exemplar.
Para passar o tempo e conseguir vantagens na hora de conseguir um casamento, as garotas aprendiam a bordar, a cantar, a dançar, a tocar instrumentos musicais (de preferência o zither), a jogar jogos de tabuleiro, a pintar e mais algumas coisas. Eram poucas as meninas que aprendiam a escrever, e com isso a caligrafia e a poesia, já que mulheres muito educadas eram mal-vistas por algumas famílias, e por isso teria dificuldade em se casar. Mulheres educadas eram vistas como “geniosas” e difíceis de controlar. Caso seja uma filha di e a mãe tenha o mínimo de inteligência, ela vai ensinar a filha a administrar uma propriedade, já que será isso o que fará depois de se casar.
Não era bem visto que as mulheres saiam de casa, ainda mais as solteiras, e muito menos entrem em contato com homens. Por isso, se você fosse uma filha muito amada e cujos pais queiram que se case bem, seriam extremamente raras as oportunidades para sair do seu próprio pavilhão. E isso era para todas as classes sociais, quanto mais uma mulher exibia o rosto, mais rodada ela seria considerada. Uma das poucas oportunidades que teriam para sair de casa era para os templos, em festas, fazer compras e talvez ir a restaurantes, sempre em lugares nos quais haveria uma divisória entre homens e mulheres. Jamais sairiam de casa sozinhas.
Nas famílias existiam servas jovens, crianças mesmos, que desde novas começavam a trabalhar para a família.Caso tenha alguma sorte ou talento, essa menina vai ser escolhida como serva pessoal de um dos membros da família, e com isso terá que aprender a bordar, costurar, essas coisas que também ajudam no mercado casamenteiro. Filhas de famílias trabalhadoras também aprendiam o ofício desde cedo, e também a ser uma dona de casa.
Mas essas servas pessoais também tinham uma vantagem/desvantagem. Quando a sua senhora se casava, o marido poderia tomá-la como concubina mesmo contra a sua vontade, e o seu status na família seria extremamente baixo, já que era uma serva.
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Padrão de beleza
Só como curiosidade, os padrões de beleza do leste asiático não mudou muito desde a antiguidade. Asiáticas bonitas que consideramos bonitas como a Sabrina Sato e a Geovanna Tominaga não seriam consideradas o mesmo por lá. Acho que alguns conhecem a atriz americana Lucy Liu e a modelo Lu Yan, que são símbolos da beleza asiática no ocidente, mas no oriente, elas são famosas por serem feias.
Para ser considerada bonita, uma mulher deve ter olhos grandes e pálpebra dupla (a dobrinha acima dos olhos que os não-asiáticos costumam ter – só para comparar, a modelo Lu Yan não tem), rosto fino e pequeno, ser magra, baixa, ter a boca pequena, cabelos escuros, pupilas negras e, principalmente, ter a pele clara. Mimimis à parte, essa é a descrição de qualquer mulher em um livro que é bonita é exatamente essa. Para quem tem certos níveis de sensibilidade, saiba que todas as vezes que um “pele escura” é mencionado, é porque o personagem é feio.
Opinião pessoal: Não acho que é racismo, já que esse é um padrão de beleza que é literalmente milenar, e essa parte do mundo só recentemente teve contato com pessoas descendentes da África Subsaariana. É um sistema de beleza que foi criado dentro de uma própria “raça”. Depois de ficar lendo isso por algum tempo, você aprende a relevar! E uma opinião minha sobre padrões de beleza: eles são mesmos feitos para excluir e para que poucas pessoas se encaixem. Se você não está dentro do padrão de beleza de onde você mora, não se preocupe! Quase ninguém ao seu redor é considerado bonito!
A atriz Fan BingBing é considerada como a mulher mais bonita na China na atualidade por muitos.
Para os homens é quase a mesma coisa, só munda o ser baixo para ser alto.
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Minidicionário de títulos e nomes úteis





Aija: como a Imperatriz viúva refere a si mesma




Ben Gong: literalmente "esse palácio". É o modo como a Imperatriz ou as consortes do Imperador de alto status chamam a si mesmas em uma conversa com alguém de menor status que elas. Formal




Ben Wang: literalmente "esse príncipe", é como um Wang refere a si mesmo em uma conversa com alguém de status inferior. Formal.




Ben Wangfei: literalmente "essa princesa", é como uma Wanfei refere a si mesma em uma conversa com alguém de status inferior. Formal.




Biao: antes de um outro título, significa parente do lado materno.




Buyao: nome de um grampo de cabelo no qual tenha algo pendurado, que se meche quando a mulher anda.




Cefei: concubina de um Wang de alto status.

Jiejie: jie: irmã mais velha. Usado para uma irmã biológica ou adotada, prima da mesma geração do lado paterno, esposa e concubinas do mesmo marido, amiga íntima.

Daren: homem adulto com um certo status, respeitado, mas que não tem título. Hoje em dia, é usado como uma espécie de "senpai".

Didi: irmão mais novo. Usado para uma irmão biológico ou adotado, primo da mesma geração do lado paterno, amigo íntimo.

Erchen: como um príncipe refere a si mesmo para a Imperatriz.

Erxi: nora.

Fuhuang: como um príncipe refere a si mesmo para a Imperador.

Fuma: marido de uma princesa.

Furen: esposa oficial.







Gege: irmão mais velho. Usado para uma irmão biológico ou adotado, primo da mesma geração do lado paterno, amigo íntimo.

Gonggong: nome para se referir a um taijian.

Gongzhu: princesa, filha de um imperador, ou um título que pode ser dado a uma sobrinha favorecida.

Gongzi: filho de uma família nobre, ou então um rapaz respeitável.

Guniang: jovem dama, filha de uma família nobre.

Huangdi: Imperador

Junma: marido de uma junzhu

Junzhu: Princesa de segundo escalão, geralmente título dado para a sobrinha do imperador ou uma mulher da família real.

Mama: serva casada, não jovem.


Meimei, mei: irmã mais nova. Usado para uma irmã biológica ou adotada, prima da mesma geração do lado paterno, esposa e concubinas do mesmo marido, amiga íntima.


Muhou: nome que os filhos do Imperador chamavam a imperatriz. É geralmente traduzido como mãe imperial.


Mufei: nome que os filhos do Imperador chamavam as concubinas dele, incluindo talvez até a sua mãe biológica




Niangniang: como a Imperatriz ou as consortes do Imperador de alto status são chamadas pelas demais pessoas abaixo delas.


Nucai, Nubi, Nu: como um servo referia a si mesmo para alguém de alto status. Ainda, é como uma concubina deveria se referir a si mesma.

Popo: sogra do lado de um marido.




Qie: nome genérico para concubina. Também um modo de chamar a si mesma quando falar com o próprio marido, tanto para esposas oficiais, quanto para concubinas.




Shiqie: concubina de um Wang de status intermediário, ou concubina de forma geral. Maior do que uma Tongfang, mas menor que uma Cefei.




Shi: "nome do clã" para mulheres casadas. Literalmente um Senhora.







Taijian: eunuco


Taiyi: médico imperial, que trabalha no palácio. É considerado como um ranking acima de um médico que atende em uma clínica

Taitai: mulher casada. Geralmente é usado só para mulheres bem velhas, com um Lao (velha) na frente. Não é desrespeitoso.

Taizi: Príncipe Herdeiro

Tang: com mais um título a seguir. Parente do lado paterno.




Tongfang: o mais baixo nível de concubina que um Wang pode ter.




Wang: rei, ou príncipe. Era o título do monarca antes de existir um império, e virar Imperador, e seus filhos terem o título de Wang. Esse também é um título que pode ser dado a alguém fora da família real. O significado literal é "rei", mas em geral é entendido como "príncipe".




Wang'ye: Como um Wang é chamado por alguém




Wangfei: princesa consorte. Esposa principal de um Wang.


Yatou: serva jovem. Também um termo denegrindo uma garota nobre.

Xianzhu: menor dos títulos para princesa, pode ser dado para alguém de fora da família imperial




Zhen: literalmente "Nós". É como o Imperador se refere a si mesmo.

SOBRE BU BU JING XIN E MOON LOVERS: SCARLET HEART RYEO

CUIDADO COM A CHINA… ESCRITORES E PRODUTORES

CASO QUEIRA UM POST FALANDO DESSES DOIS DRAMAS, EU FIZ UM E NÃO É ESSE, E SIM ESSE:SCARLET HEARTS: DIFERENÇA ENTRE A VERSÃO CHINESA E A SUL-COREANA
Acho que esse post vai ser um daqueles que demorarei dias para escrever e que ninguém vai ler. O post que vou contar a minha relação com a ficção chinesa.
Em primeiro lugar, vou esclarecer uma coisa que vou deixar grifado, sublinhado, em negrito e cor de rosa, já que gosto dessa cor: NÃO SOU COMUNISTA, E NEM SOCIALISTA! Na verdade nem acredito na democracia plena, por isso sou uma inútil no ramo político. Não vou negar que essas duas formas de governos tem seus méritos (a política do filho único conseguiu salvar um país enorme da extrema pobreza), mas também tem seus desméritos (mesmo que eu tenha abanado o rótulo de feminista devido a várias mulheres que definitivamente não acreditam na igualdade que essa filosofia presa, tenho que reconhecer que a situação das mulheres chinesas nos dias de hoje está tensa). E por isso mesmo eu não vou perder o meu tempo lendo e assistindo propaganda socialista.
Sim, nesse post vou falar sobre a literatura e séries de televisão chinesas e posso garantir que a quantidade de propaganda que vi é minimíssima. Não tem quase nada, só aparece de vez em quando em histórias sobre a segunda guerra mundial, e geralmente é mais aparente a vontade de matarem todos os japoneses. Não dá nem para comparar com a propaganda americana sobre liberdade e democracia. E a censura não é tão grande quanto pode parecer para alguns, ainda mais na literatura. É sim um problema, mas não é tão grande assim…
No começo da minha adolescência fui nerd de K-POP. Acho que ninguém sabe quem é a Lee Hyori ou a BoA, mas eu era fã delas. Depois gostei de mangás, daqueles bem velhos. Glass Mask e Bersairu no Bara ainda são meus favoritos. Comecei a assistir seriados japoneses antes de assistir os americanos. Não é que eu gostava deles, era que não tinha coisa melhor (e ainda continuo odiando seriados japoneses… sinopses boas demais para qualidade de menos). Amei Hana Yori Dango e tentei assistir alguns coreanos, já que me falaram que eram bons. Não gostei na época, mas gostei depois.
Foi nessa época que conheci o meu primeiro drama chines, Bu Bu Jing Xin, ou Coração Escarlete. É, o mesmo que os coreanos fizeram um remake há alguns anos. Na época não gostei, não consegui passar dos primeiros capítulos e juntando com alguns outros dramas que só comecei, criei alguns rótulos na minha cabeça:
  • Japoneses tentam transformar os dramas deles em animes e isso não dá certo, o resultado é constrangedor
  • Chines fazem a façanha de dublarem suas próprias criações e é tudo muito infantilizado
  • Coreanos deram conta do recado
E continuei com esse pensamento por anos. E até agora não mudei minha ideia sobre o Japão. Desculpem, japoneses…
Até que um dia decidi dar uma nova oportunidade para Bu Bu Jing Xin. Gosto do gênero de viagem ao tempo e já tinha esgotado tudo quanto era drama coreano, e sempre gostei da sinopse de Bu Bu Jing Xin. Continuei a assistir, passei pela parte na qual a protagonista era bobinha, prossegui para o que eu considero como a história de verdade… E gostei. Não só gostei, para mim é um dos melhores dramas já feitos.
Foi na época em que comecei a escrever, quando comecei a prestar atenção em certos detalhes nas histórias. Até hoje Maertai Ruoxi, que é a protagonista da história, é um exemplo para mim de boa construção de personagem. Várias pessoas a odeiam, mas Ruoxi tem uma história, uma ideologia, uma personalidade, seus próprios valores, uma forma de se relacionar com as pessoas, e tudo isso de forma que evolui e amadurece.
Também foi nessa época que dei uma oportunidade para Imperatrizes no Harem (a versão que eu encontrei agora licenciada é uma cheia de cortes e que não aconselho ninguém ver por tratar a história de modo superficial. Procurem na ilegalidade a versão inteira, aquela com mais de 70 capítulos). Demorei para assistir, principalmente porque pela lentidão pode ser cansativa. Gostei pela fineza, mas ainda não me convenceu de que a China conseguia produzir coisas boas, só algumas. Até deixei passar Nirvana incendiada (e que porcaria de adaptação de título foi essa? O que tem de ruim em chamar o drama de A Lista da Langya?).
E acho que era a época áurea dos dramas coreanos. Eram títulos e mais títulos bons.
Até que veio o ano retrasado. E o ano passado. Muitas produções chinesas boas. Agentes da PrincesaO Amor EternoA Mulher do ReiA Lenda de ChusenFantasia do Gelo. Todas essas obras que tem algo em comum que direi depois. Não vi nenhum deles na época…
E Bu Bu Jing Xin para mim tem um peso importante, isso por causa do remake coreano, Scarlet Heart: Ryeo.
Foi uma superprodução? Sim.
Foi bom no total? Sim?
Teve  a Maertai Ruouxi? Não.
Não vou desmerecer a atuação da atriz IU, porque não importava a atriz que colocassem, os roteiristas e diretores acabaram com a caracterização da personagem. Não adianta vir com a desculpa de que é uma adaptação, Ruoxi é a peça principal para o andamento do enredo. Ela é uma mulher do futuro prática, adaptável, que sabe amar e valorizar a si mesma, e por isso diversas vezes os telespectadores se frustravam com ela. Ela não é passional, não vive a vida segundo os seus amores, e sim com responsabilidade e dignidade. E o que se encontra como protagonista em Scarlet Hearts: Ryeo é uma moça fofinha e frágil, mas que para seguirem a história, tinha que ser Ruoxi algumas vezes, a tornando uma personagem fragmentada. Encontrei uma personagem típico do que eu consideraria chinesa em um drama coreano.
E para finalizar essa parte, digo que Lee Joon Ki salvou muito bem salvo o drama!
Então fui assistir algo que todos estavam indicando, The Princess Weiyoung (que fiz uma resenha sobre o livro que você pode acessar clicando aqui). Um drama chinês. E uau! Esse drama era bom. Diferente do que eu imaginava. Isso me fez fazer duas coisas, que falarei separadamente. E vi que existe um gigante no mundo do entretenimento que está despertando!

Já que estamos falando de dramas, falemos de dramas.
Na minha opinião, os dramas chineses nos últimos tempos, ao menos os que foram traduzidos para o inglês, foram superiores de uma forma geral aos coreanos.
Em uma questão de pouco tempo, os dramas chineses evoluíram muito. E isso é uma ótima notícia para is nerds.
Sabe Game of Thones, aquela série mundialmente famosa que custa uma fortuna para ser feita? De fantasia, com intrigas e tudo mais. Antes de continuar, entenda que todos os dramas de todos os países tem a sua própria voz. Como série americana, tem várias cenas de nudez, violência gráfica, palavrões e esses tipos. Em outros países tem sim coisas semelhantes. Novelas brasileiras são diferentes das mexicanas. A China tem uma dramaturgia com a própria voz (dublada), que vem aos poucos parando de ter aquela infantilidade excessiva mas, ainda restando um pouco sim.
Saiba que existes várias séries com premissas semelhantes a Game of Thones passando na China. Cheias de intrigas, brigas pelo trono, dragões, zumbis, alguns desses ao mesmo tempo? Só não são mundialmente famosos. Coisas com qualidade boa que não são nem traduzidas.
E tecnicamente, possuí uma vantagem enorme: um péssimo cgi. Se eles não tem vergonha de economizar dinheiro dublando as próprias produções, porque fazer isso com os efeitos especiais. São de chorar de ruim. Porém, quantas pessoas realmente se importam com isso? Isso permite a produção massiva de obras que os outros países nem pensariam em fazer devido ao alto custo de produção. A quantidade de obras de fantasia chinesas são impressionantes. Veja só Fantasia do Gelo, um drama inteiro feito com cgi da pior qualidade possível, material cênico pior ainda, nem se fala as perucas, e que consegue ser ótimo.
Só faço uma exceção para Rakshasa Street. Nesse conseguiram ser bons no cgi!
E também devo falar algo sobre números. Mesmo os não legendados, a quantidade de dramas que chegam ao conhecimento do ocidente não são nem metade do que é produzido.
É inegável que a produção de dramas deles é voltado para o mercado interno, ainda mais tendo a já consolidada Coreia do Sul como competidora na Ásia. Só que a qualidade do que produzem continua subindo e subindo enquanto eu vejo que os dramas coreanos começaram a se acomodar. Sejamos Sinceros, não houve nenhum drama que possa ser considerada como grande depois da exibição de Goblim…

Agora vou falar sobre os livros.
Descobri devido a alguns comentários que a série era bem diferente dos livros no qual foi baseada, e que ainda estavam traduzindo! eu, como boa leitora, é claro que fui procurar. E li e gostei e descobri nisso algo: existiam pessoas traduzindo livros chineses. E eu, como boa leitora, fui ler.
E achei coisas que como leitora de livros brasileiros e americanos, nunca tinha lido na vida.
E continuei lendo e agora quase que só leio (e uso como inspiração) os livros chineses.
Para começar, a maneira com o qual os livros para um publico jovem e de jovens adultos são publicados são mais modernos e convenientes. Por mais que eu ame o Kindle e o suporte da Amazon para novos autores, não tem nem comparação com as editoras Chinesas. É como um grande watpad no qual depois de um tempo, você cobra para que leiam seus próximos capítulos, e se você for popular o suficiente, terá o seu livro impresso. Talvez para um leitor isso não faça grande diferença, mas para os escritores isso é um grande avanço.
Vou contar a minha história como escritora, e eu sei que não sou grande coisa, e ainda mais não era a original que enviei (por isso que ainda nem coloquei na amazon). No dia em que fui pegar o endereço de uma editora para mandar minha original, vi um anúncio da pré venda de um livro traduzido que sequer tinha sido lançado no país de origem ainda. E que não havia nenhum escritor de literatura juvenil nacional no acervo (e a burra aqui ainda enviou a original). Só são impressos livros que as editoras acham que venderão, e vez ou outra um escritor nacional consegue entrar em uma grande editora por um motivo misterioso (tem alguns que são ótimos, outros dão a fama que a os escritores atuais do Brasil carregam – de que são ruins). O que resta são as pequenas editoras na qual você tem que pagar pela publicação, e a publicidade não é lá grande coisa. Aí você fala que não tem bons autores nacionais… Você nem conhece os autores nacionais!
Desabafei em cor de rosa!
Com essa maneira de publicação, você além de ter acesso aos livros da maneira que agora está mais acostumado, pelo meio virtual, você decide se quer ou não continuar a ler o livro. E não são poucos os capítulos disponíveis de graça, podem ser mais de 200.
E nesse formato, o autor não precisa se preocupar com a quantidade de palavras e nem de resumir a história, pode escrever o quanto quiser.
E ainda não há ressaca literária! Existem muitas histórias com enredos semelhantes no mercado. Se você gostou de um livro, você vai achar outro parecido, mas com um desenvolvimento diferente.
E uma das coisas mais importantes, algo que vem de todo o oeste asiático e que  NUNCA LI E NEM VOU LER: existem romances voltados para o público masculino. É, livros de historinhas de amor feitos especialmente para homens. E devem ser exatamente como você imagina: mulheres gostosas se atirando em cima de um imbecil. Não falei mulher, falei mulheres. É esse o nível…
Basicamente, temos um país com uma produção literária gigantesca e que pelo modo de produção, os mais lidos são aqueles que o público mais gosta. E talvez você nem sabia que existiam escritores chineses?
Nerd nerd, nerd… você não pode se considerar um nerd de verdade se ainda não se aventurou pela China!