Capítulo 22: Déja Vu
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Rapidamente, a carruagem de Chen Rong chegou bem na frente do fronte daquela fila.
Rapidamente, a carruagem de Chen Rong chegou bem na frente do fronte daquela fila.
Vários anciões conversavam naquele momenot com Ran Min.
Desde que ela chegou em um momento importuno, Chen Rong permaneceu silenciosa
de lado.
A bela, frágil garota então finalmente desviou o seu olhar.
Quando viu Chen Rong, ela aproximou-se dela com a ajuda de uma serva e então
olhou para ela toda sorridente: “Você é a Ah Rong? Estavam falando sobre você
há pouco tempo. Eles não tem nada além de elogios a seu respeito.”
“Meu nome é Chen Wei.” Ela então acrescentou. “Sou sua prima
mais velha.”
Claro que Chen Rong sabia que ela era a sua prima.
“Como você vai?” Ela elevou a sua voz como resposta enquanto
abaixava seu olhar. Quando percebeu que inconscientemente estava agarrando as
suas próprias vestimentas, ela respirou profundamente e relaxou suas mãos.
Chen Wei enrubesceu; havia um corado no seu rosto adorável
que comumente pertencia a jovens damas apaixonadas. Ela olhou de novo para Ran
Min, sonhadora, e então imprudentemente perguntou a Chen Rong: “Ah Rong, você
acha que ele é um verdadeiro homem honrado?”
O ‘ele’ que ela falou era, claro, Ran Min.
Chen Rong mudou a direção do seu olhar para ele. Nesse
momento, um pequeno sorriso pôde ser encontrado em sua face, aquela chama
desapareceu dos seus olhos escuros, todo o seu ser parecia ser muito mais
gentil.
Ela desviou o olhar e, indiferentemente, respondeu: “Sim,
ele é um homem honrado.”
Após receber a aprovação de Chen Rong, o vermelho da face de
Chen Wei ficou ainda mais intenso. Ela olhava na direção de Ran Min, cheia de
felicidade e disse: “Estou grata por você também achar que ele é um homem
honrado.” Seu rubor agora era visível até o seu pescoço. Ela ficou cabisbaixa e
disse para sua prima, toda envergonhada: “Por alguma razão, eu gostei de você
desde o momento em que nos vimos. Eu tenho vontade de compartilhar tudo com
você.”
Sério?
Internamente, Chen Rong revirou os olhos de desdém.
Ela abaixou o olhar, sorriu e disse: “Irmã mais velha, você
é parecida com uma flor de lótus. Sua pureza vem de dentro de você.” (Nota da tradutora: Acho interessante colocar
uma nota aqui para você entender o que está implitico. Não é uma gíria da
época, mas sim uma moderna, o que significa que não é algo que o personagem
quis dizer, mas cujo significado o escritor deixa muito claro em uma fala como
essa. Flor de lótus, flor de lótus branca, flor branca, vadia do chá verde são
gírias da internet que significam quase a mesma coisa: garotas e mulheres que
parecem angelicais, mas na verdade só fingem ser isso, tendo uma personalidade
podre. Nessa fala da Chen Rong, o significado para um leitor em mandarim é:
Chen Wei só finge que é pura, mas é podre por dentro.)
Chen Wei deleitava-se com a observação de Chen Rong. Só
agora ela pela primeira vez, olhou de verdade para a garota ao seu lado.
Observando a alegria e o orgulho que Chen Wei nem tentava
disfarçar nas suas expressões, Chen Rong não pôde deixar de se sentir chocada:
na realidade, ela tinha se esquecido. Ela tinha se esquecido que após a última
etapa da suas jornadas, ela não era a mesma velha Chen Rong de antes. As suas opiniões
agora tinham um peso considerável.
Nesse momento, os anciãos que rodeavam Ran Min tinham se
dissipado, restando só um erudito de meia idade, que acenou para Chen Rong.
Ela desceu da carruagem, fez uma reverência para ele e
abaixou a sua cabeça enquanto dizia com modos honestos: “Sou Chen Rong da
Cidade de Ping. Saudações, tio.”
O erudito de meia idade acenou. “Então, você é a Ah Rong?
Você não tem que se apresentar. Eu conheço o seu pai e o seu irmão. Vi-os há um
ano atrás, antes que eles fossem com todos para Jiankang.”
Ele fez uma pausa para acenar para Chen Wei, a fim de que
ela fosse na direção deles.
O olhar de Chen Wei logo desviou da direção de Ran Min,
correndo para o lado do seu pai com seu rosto ainda rubro.
“Wei’er,” aquele erudito falou docemente com Chen Wei, “os
guardiões de Ah Rong não estão presentes. Nós somos a família dela. Espero que
vocês tomem conta uma da outra como esperado, por serem irmãs.” Ele se voltou
para Chen Rong e disse: “Como seu pai e irmão não estão aqui, eu serei seu
guardião. Quando chegarmos a Nan’yang, você e Wei’er ficarão juntas.”
Chen Rong mordeu os lábios, segurando-se para dizer algo.
Depois de alguma deliberação, contudo, ela só pôde murmurar um “sim” como
resposta.
Chen Wei concordou alegremente: “Entendi, pai. Nós até
estávamos conversando há algum tempo atrás. Ah Rong até disse que sou como uma
flor de lótus.”
Havia uma ingenuidade em sua voz. O erudito de meia idade
riu e acariciou o cabelo dela, sacudindo sua cabeça: “Quando você vai amadurecer?
Tudo bem, pode ir brincar com a Ah Rong agora.”
Chen Wei riu e disparou até Chen Rong, agarrando a sua mão e
partindo em direção da multidão. Mesmo enquanto corria, a moça não poderia se
conter e olhava para Ran Min.
Uma vez que espiava a beleza máscula, o rosto de Chen Wei
logo se tornou avermelhado de novo.
Talvez por sentir o olhar de Chen Wei, Ran Min subitamente
se virou e fitou as garotas com seus olhos profundos e eletrizantes.
Chen Wei corou fortemente e rapidamente abaixou sua cabeça,
ao ponto de quase encostar o queixo no seu colo.
Com essa visão, Ran Min elevou sua sobrancelha com
curiosidade e então andou em direção delas.
Segurando a mão de Chen Rong, Chen Wei involuntariamente tremia
enquanto perguntava: “E-ele está vindo. Ah Rong, o que eu vou fazer? O que eu
vou fazer?” Vergonha, encanto e medo estavam presentes na sua voz.
Chen Rong via o homem que fazia o seu caminho até elas,
quieta. “Ele só está vindo até aqui,” ela disse suavemente, “não vai devorar
ninguém. O que temer?”
Apesar de dizer isso, sua mão direita se fechou em um punho
apertado embaixo de sua manga. Na sua vida anterior, ela nunca entendeu aquele
homem. Anos depois, ela quando ela recordava daquela cena, pensaria que ele
provavelmente foi até as duas por causa da afeição que sentia por sua prima.
Vivenciando tudo isso de novo, ela finalmente teve a
oportunidade de perceber o que se passava com clareza.
Ran Min naquele momento chegou até as duas garotas.
Ele era um homem alto. Estando de pé na frente delas,
olhando de cima para baixo, ele ficou autoconsciente do seu tamanho. Chen Wei
tremia um pouco, apesar da sua vontade.
Chen Rong estava muito mais calma. Seu olhar não se
direcionava a Ran Min, ou ainda para Chen Wei. Ela só estava lá como se ela não
soubesse que ele também estivesse lá, bem na sua frente.
Ran Min olhou para Chen Wei brevemente antes de voltar sua
atenção para Chen Rong. “Quais são os seus nomes?” Ele perguntou em uma voz
profunda e agradável.
Certo, anteriormente, ele também começou com aquela
pergunta.
Chen Rong não respondeu naquele momento. Ela se voltou para
a prima, esperando para que ela começasse.
Chen Wei corava e fez uma reverência para Ran Min, nervosa,
gaguejando: “Eu... eu sou... a Chen Wei.”
O olhar de Ran Min retornou a Chen Rong.
Ela mal movia os seus lábios para dizer baixinho: “Sou a
Chen Rong.”
“Ah Rong da casa dos Chen? Eu ouvi sobre você.” Ele
comentou, fazendo um aceno com a cabeça. Aquelas não foram as palavras que ele
usou no passado. Voltando, ele olhara para o chicote nas mãos dela e perguntou:
“Então você gosta de usar o chicote para cavalgar?” Como respondera a isso? Ela
queria ter respondido que sim, mas ao se lembrar da opinião de todos sobre
mulheres que usavam chicotes, ela rapidamente o escondeu atrás dela e
respondera: “Isso é de alguém. Só peguei isso emprestado para brincar.”
Ele disse que sabia sobre ela. Mesmo que fossem palavras
simples, o rosto de Chen Wei perdeu toda a sua cor no momento em que ele as
pronunciou, e então soltou a sua mão da de Chen Rong.
Chen Rong observou Chen Wei, dessa vez sem nem ao menos
responder Ran Min.
Ele a assistiu por algum momento, acenou, então virou e
saiu.
Chen Rong permaneceu imóvel onde estava, até que as costas
dele sumissem da sua visão. E o mesmo foi feito por Chen Wei.
Subitamente, Chen Wei virou e saiu correndo até a sua
carruagem.
Vendo a sua figura distante, Chen Rong franziu a testa em
perplexidade e pensou consigo mesma: Poderia
ser que ele também não sentia tanto o quanto eu imaginava por ela? Eu costumava
pensar que ele se apaixonou à primeira vista por ela, mas seria que foi apenas
uma especulação errada?
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Nota da tradutora: Você viu que tem mais uma tradução no blog? A princesa Wei Yang. Basta clicar na aba acima!
- O irmã mais velha é jiejie em mandarim, e costuma ser deixado dessa maneira nas traduções. Contudo, como sei que provavelmente vários leitores desse livro não costumam se aventurar em coisas chinesas, além de não aparecer muito em Mei Gongqing, sempre colocarei irmã mai velha para jiejie, irmã mais nova para meimei. O que não vai acontecer em 'A Princesa WeiYang, já que essa expressão aparecerá várias vezes. E jiejie pode significar tanto que é a irmã mais velha, filha do mesmo pai ou da mesma mãe, como também pode ser usado para primas mais velhas do lado paterno, ou nesse caso, da mesma geração. E também para uma amiga!
oieeeeeeeeeeeee
ResponderExcluirbom diaaa
obrigada pela traducao maravilhosa
esperando o proximos capitulos
bjusss